sexta-feira, junho 02, 2006




















Lançamento do livro
Mário Saa: Poesia e Alguma Prosa


A Fundação Arquivo Paes Teles convida todos os interessados a estarem presentes, dia 18 de Junho, pelas 16:30 horas, na sessão de lançamento do livro «Mário Saa: Poesia e Alguma Prosa», com a presença do poeta e ensaísta Dr. João Rui de Sousa, responsável pela organização desta obra fundamental para a divulgação de uma das facetas mais importantes do mentor desta Fundação.

Trata-se do primeiro trabalho de investigação que junta toda a produção poética e alguns textos em prosa de Mário Saa, que se encontravam dispersos em variadíssimos periódicos, para além de alguns inéditos que integram o espólio documental da Fundação Arquivo Paes Teles.

Com uma personalidade multifacetada, Mário Saa fez incursões em várias áreas temáticas, sendo a poesia uma das que mais o notabilizou. O mentor da FAPT frequentou as famosas tertúlias do Café Martinho da Arcada, conviveu de perto com os maiores vultos do seu tempo (Fernando Pessoa, José Régio, Almada Negreiros, António Botto) e publicou uma parte das suas criações poéticas nas principais publicações literárias da primeira metade do século XX (Presença, Contemporânea, Athena, Arte Peninsular).

quinta-feira, março 02, 2006


















12 MESES XII OBJECTOS

3/III Máquina Fotográfica
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No seguimento da peça escolhida para Fevereiro – uma foto da família de Mário Saa do início do século XX – a Fundação Arquivo Paes Teles dará a conhecer, em Março, outro objecto relacionado com o seu espólio de imagens: uma antiga máquina fotográfica. A peça remete-nos para uma tecnologia utilizada a partir de 1848, altura em que são inventados os negativos em vidro. Esta máquina que deverá ter pertencido a António Paes da Silva Marques (júnior), tio de Mário Saa, está associada a um interessante núcleo bibliográfico sobre fotografia, existente na biblioteca da Fundação que conta com mais de 200 títulos entre livros e revistas.
Tal como para os dois anteriores objectos, foi editado um folheto com informação mais detalhada e que está ao dispor de todos os visitantes. A mostra pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 9:00 às 12:00 e das 15:00 às 19:00 na sede da FAPT, no Ervedal.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Visita guiada à Fundação Arquivo Paes Teles,
no Ervedal



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terça-feira, janeiro 17, 2006











Mário Paes da Cunha e Sá

Mário Paes da Cunha e Sá nasceu no dia 18 de Junho de 1893 nas Caldas da Rainha e descende uma família de grandes proprietários da elite económica e social do concelho de Avis. Na altura do seu nascimento, o pai de Mário Saa (nome literário) exercia as funções de notário e sub-delegado no julgado de Óbidos, residindo nas Caldas da Rainha. Em 1895, a família volta para o concelho de Avis e o seu pai constrói, quatro anos depois, o Monte de Pero Viegas, onde Mário Saa residiu quase toda a vida. Recebeu formação no colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo (Beira Baixa), no Liceu de Évora e, em 1913, era aluno do Instituto Superior Técnico (devido à inexistência de registos nos arquivos desta instituição desconhece-se o curso que frequentou). Sabemos, através da revista Presença (n.º 19, 1929), que em 1917 continuaria a frequentar o IST. No ano seguinte inscreveu-se no curso Sciencias Mathematicas na Universidade de Lisboa e, em 1930, no curso de Medicina desta mesma Universidade, não tendo, porém, concluído nenhuma das licenciaturas. A vida de Mário Saa dividiu-se entre a administração agrícola das suas propriedades e a investigação e produção literária. De acordo com o perfil dos intelectuais do seu tempo dedicou-se e interessou-se por temáticas distintas publicando várias obras e numerosos artigos em periódicos. Dedicou-se à filosofia, à genealogia, à geografia antiga, à poesia, à problemática camoniana, às investigações arqueológicas, e mesmo à astrologia e à grafologia. O seu interesse pela arqueologia e a investigação que realizou sobre vias romanas resulta na obra de maior vulto e importância de Mário Saa. Os seis volumes de «As Grandes Vias da Lusitânia» são produto de mais de 20 anos de investigações e prospecções arqueológicas e constituem, ainda hoje, uma obra de referência para os investigadores. A par com a arqueologia, Mário Saa destacou-se, também, no panorama da poesia portuguesa das década de 20 e 30. Publicou com assiduidade na revista Presença e privou com os grandes poetas e intelectuais da época no âmbito da boémia literária da Brasileira do Chiado.

Obras de Mário Saa

EVANGELHO DE S.VITO (1917)
PORTUGAL CRISTÃO-NOVO OU OS JUDEUS NA REPÚBLICA (1921)
POEMAS HERÓICOS / SIMÃO VAZ DE CAMÕES; PREF. DE MÁRIO SAA (1921)
CAMÕES NO MARANHÃO (1922)
TÁBOA GENEALÓGICA DA VARONIA VAZ DE CAMÕES (1924)
A INVASÃO DOS JUDEUS (1925)
A EXPLICAÇÃO DO HOMEM: ATRAVÉS DE UMA AUTO-EXPLICAÇÃO EM 207 TÁBOAS FILOSÓFICAS (1928)
ORIGENS DO BAIRRO-ALTO DE LISBOA: VERDADEIRA NOTÍCIA (1929)
NÓS, OS HESPANHÓIS (1930)
PROCLAMAÇÕES À PÁTRIA: UMA ALIANÇA LUSO-CATALÃ (?) PROCLAMAÇÕES À PÁTRIA: ATÉ AO MAR CANTÁBRICO (1931)
ERRIDÂNIA: A GEOGRAFIA MAIS ANTIGA DO OCIDENTE (1936)
AS MEMÓRIAS ASTROLÓGICAS DE CAMÕES E O NASCIMENTO DO POETA EM 23 DE JANEIRO DE 1524 (1940)
AS GRANDES VIAS DA LUSITÂNIA: O ITINERÁRIO DE ANTONINO PIO (6 T.; 1957-1967)



A Fundação Arquivo Paes Teles

A Fundação Arquivo Paes Teles (FAPT) surgiu por vontade de Mário Saa. No seu testamento, registado em 1967, decidiu disponibilizar à comunidade a biblioteca e um “museu”, na moradia de que era proprietário, no Ervedal, criando para isso a fundação. Determinou que a instituição - legada às gentes da terra - se chamasse Paes Teles em homenagem à família de sua mãe.
A FAPT é legatária de um património de reconhecido valor, que espelha o percurso de vida do instituidor, a sua obra literária, os seus interesses intelectuais, culturais e profissionais. Além da biblioteca e da colecção de materiais arqueológicos a Fundação guarda, também, o seu espólio documental.Para conservar e valorizar este património foi celebrado um Protocolo de Colaboração com a Universidade de Évora e com o Município de Avis e, neste âmbito, têm vindo a ser desenvolvidas uma série de acções, nomeadamente a organização e o acondicionamento dos vários núcleos patrimoniais.